http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT85559*
Non enim cogitationes meae cogitationes vestrae neque viae vestrae viae meae.”
“Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem vossos caminhos os Meus caminhos.”
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Um só teólogo analfabeto funcional é um flagelo comparável a mil Mensalões.
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Um padreco semi-analfabeto das redondezas, cujo nome não darei se ele não reincidir na tentativa de posar de gostosão intelectual, meteu-se a crítico filosófico da minha “Teoria doa Quatro Discursos”, dizendo que errei feio porque considerei a lógica a ciência do discurso sobre a realidade, ao passo que a lógica é ciência dos pensamentos apenas e só as ciências em particular versam sobre o mundo real. Não posso discutir com um idiota que confunde a ciência ou arte da lógica com o DISCURSO LÓGICO, que é o das ciências e do qual, justamente, falo no meu livro.
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A família do meu pai tinha gente carrancuda e triste, mas na da minha mãe todo mundo vive contando casos engraçados e rindo até hoje, não é mesmo, Beth Steffen?
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Se o homem é triste mas a mulher é alegre, a situação não é tão ruim. O inverso é que é uma merda.
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Agradeço a todos os que vêm assinando a petição em favor de “O Jardim das Aflições”. Eu não assinei porque assinar petição em causa própria é coisa de petista.
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Um padre que falsifica as opiniões alheias para poder fazer de conta que as critica é mil vezes mais desprezível do que um difamador leigo.
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A única manifestação de respeito que um difamador merece é a que estou lhe concedendo agora: Ocultar-lhe o nome para poupá-lo de uma humilhação merecida.
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Não há NADA de intrinsecamente imoral na poligamia em si. Se houvesse, ela não teria sido permitida aos antigos profetas. O casamento monogâmico indissolúvel é, como os demais sacramentos, um MISTÉRIO instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, tendo como finalidade a vida eterna, não a moralidade terrestre.
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Conversa no carro:
EU: — Veja só. As muié vêm aqui para me ver e são os outros que as comem.
ROXANE: — E você iria querer comê-las bem diante dos meus olhos?
EU: — Não. Eu comeria escondido.
ROXANE: – KKKKKKKKKKKKKKK.
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Se um homem tem quatro ou cinco mulheres, que ele sustenta, protege, auxilia por todos os meios e de vez em quando come, o que ele está fazendo é um MAL? Do ponto de vista meramente terrestre e humano, ninguém tem o direito de acusá-lo disso, embora seja desse ponto de vista que ele será mais frequentemente criticado. A conduta dele torna-se um mal na medida em que, não podendo santificar pelos sacramentos todos esses amores, mas somente um deles, ele está se impedindo a si mesmo, e às mulheres, de integrar-se no Corpo de Cristo e alcançar a salvação eterna. É perante Deus que ele está errado, um Deus que tudo fará para perdoar e salvar a ele e às mulheres, e não perante a sociedade humana, a qual, inversamente, fará tudo para arruinar a vida dele e delas. Muitas vezes, o que as pessoas chamam de “moral” é simplesmente a inversão da hierarquia e a usurpação do lugar de Deus. E muitas pessoas deixam de salvar-se porque, atormentadas pelo falatório humano, fogem de Deus pensando que esse falatório vem d’Ele.
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Corolário: o Estado leigo não tem NENHUMA autoridade moral contra a poligamia islâmica. Só a Igreja tem.
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Repito: Isso não é teologia. É simplesmente saber ler.
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Digo que só aceito DEBATE PÚBLICO com quem seja pelo menos autor de dois livros respeitáveis, e vem o tal padre afirmar que só concedo o direito de criticar alguma opinião minha a quem, além de ter escrito dois livros, tenha lido todos os meus.
Você é podre, moleque.
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O padreco e seus discípulos fazem propaganda ostensiva de candidatos e dizem que quem tem um projeto político sou eu.
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Argumentar contra a poligamia muçulmana em nome dos “direitos da mulher” é buscar abrigo contra a invasão islâmica nos braços do Estado moderno que a promove.
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Vem-se tornando vagamente popular no orbe internético conservador e religioso a teoria de que a escolástica abriu o caminho para o pensamento moderno e partilha, por isso, das culpas por todos os desvarios civilizacionais dos últimos séculos.
Isso é raciocinar por chavões em vez de consultar os fatos. Ninguém nega que a escolástica teve alguma influência no pensamento de René Descartes (e por meio dele em todo o pensamento moderno), mas Descartes nunca foi um escolástico em nenhum sentido admissível do termo. A verdadeira linha de sucessão da escolástica não passa por ele, mas pelos pensadores sobretudo espanhóis e portugueses que deram continuidade à filosofia escolástica “stricto sensu”. As histórias populares da filosofia omitem estes últimos e, assim, os únicos traços remanescentes da escolástica que ficam visíveis na era moderna são aqueles deixados em Descartes e seus continuadores — a linhagem bastarda ocultando a linhagem legítima. Suprimidos os fatos, as aparências se tornam premissas de toda sorte de conclusões históricas idiotas.
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Conversa antiga:
Alguém estava falando de pessoas espirituais, e seguiu-se o seguinte diálogo:
EU: — Ro-rô, você é uma pessoa espiritual?
ROXANE: — Sei lá, acho que eu sou,
EU: — Então, por favor, faça um cafezinho para mim.
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Conversa antiga:
Eu tinha combinado de todo mundo acordar cedo para ir à missa numa outra cidade, mas a turma passou a noite jogando Banco Imobiliário, e lá pelas cinco da manhã surgiu o seguinte diálogo:
LEILAH: — Eu não vou conseguir acordar. Vou dizer pro pai que estou com cólica.
PEDRO: — Eu também.
SÍLVIO: — E eu vou ficar aqui cuidando do Pedro.
De manhã, todo mundo foi à missa com cólica e tudo.
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Pedro, adolescente, dando aula de matemática para a Leilah :
PEDRO: — Leilah, por favor, raciocine.
LEILAH: — Ah, é. Por que eu não pensei nisso antes? Raciocinar!
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Se você acha que eu tenho um projeto político, você precisa urgentemente tomar no cu. Desde que parou de fazê-lo, só fica inventando coisa.
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Nova campanha lançada nos EUA condena as mães que amamentam bebês, porque isso “reforça os estereótipos de gênero”.
Isso não é engraçado. É monstruoso.
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Se você acha que a sua situação está difícil, lembre-se disto: a primeira cavalaria sob o comando de Napoleão Bonaparte não tinha cavalos. Os soldados, à míngua, os haviam comido.
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O general Wellington chamou Napoleão de “o maior ladrão de todos os tempos”. Certíssimo. Destruída pela Revolução, a França só sobreviveu graças ao dinheiro que o baixinho feroz roubou da Itália, da Espanha etc.
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Cinco mil assinaturas… and counting:
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Toda a experiência mística se passa numa esfera de realidade tão diferente da nossa vida social e terrestre, que a maior lástima da nossa existência talvez seja o fato de termos um só e o mesmo vocabulário para falar desses dois mundos heterogêneos. Não que eu apreenda atual e concretamente essa diferença. Posso apenas vislumbrá-la obscuramente e de longe, mas o bastante para perceber, por exemplo, que o arrependimento diante de Deus é TOTALMENTE DIFERENTE de qualquer sentimento que possamos vivenciar de ser humano a ser humano. É algo de ordem puramente espiritual, não emocional, embora o paralelo com as emoções seja, quase catastroficamente, o único meio de que dispomos para falar dele. Nos capítulos finais de “Till We Have Faces”, C. S. Lewis consegue quase dar uma idéia do salto para uma esfera espiritual cujo esplendor nenhuma emoção humana pode jamais refletir.
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P. S. – Eis por que nunca fui um fã de C. S. Lewis até ler esse livro.
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Sem querer puxar discussão, é óbvio que, se Lutero, Calvino, Melanchton, Zuinglio e Bucer aceitaram unanimemente o divórcio (divergindo somente em detalhes), foi porque anteviram, ao menos vagamente, que, suprimidos os sacramentos católicos, as separações de casais se tornariam inevitáveis e freqüentes, como de fato aconteceu em todos os países protestantes.
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Um aluno me pergunta como faço para dormir pouco e continuar produtivo. Lamento decepcioná-lo, mas não durmo pouco. Só não tenho horário para dormir, como aliás não tenho horário para nada. Intercalo dormidinhas com trabalho, durmo quando adormeço, acordo quando acaba o sono ou alguém me chama. Do mesmo modo, prefiro fazer vários lanchinhos de duas em duas ou de três em três horas em vez de encher a barriga duas vezes por dia. Se funciona para todo mundo, não sei, só sei que nunca tenho problemas digestivos.
Acho que me acostumei com horários anárquicos porque, na minha juventude, a jornada de trabalho nas redações era geralmente noturna e variava de jornal para jornal. Não escolhi nada. Aprendi a dançar conforme a música.
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Só tive problema digestivo uma vez, quando nos deram uma comida contaminada no Denny’s e eu, a Roxane e a Stella vomitamos até os nossos mais íntimos pensamentos.
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6065 assinaturas… and counting:
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O que estão fazendo com relação à censura do filme “O Jardim das Aflições“ é típico da mentalidade marxista e subdesenvolvida do Brasil – aquela que morre de medo de ser confrontada com coisa melhor e de maior substância. O livro é fantástico, denso, e mostra o que os brasileiros não estão acostumados a ler: alta cultura na literatura político- filosófica.
Olavo de Carvalho é genial. Ele é, sem dúvida, o maior intelectual brasileiro da atualidade, ainda que eu discorde dele em alguma coisinha, o que é natural.
Ele é indubitavelmente o responsável por uma mudança no questionamento de todo um comportamento, e da mudança na interpretação da política hegemônica nacional.
Esta censura burra e desarrazoada só fará com que ele seja mais lido, admirado e visto.
O autoritarismo da esquerda, que não admite quem pensa diferente e tem outros conceitos, só mostra o quão miseravelmente atrasada esta gente ” é. São indigentes intelectuais que temem até mesmo aqueles os desprezam – não por soberba ou implicância ideológica -, mas simplesmente para que se mantenham longe dos imbecis petrificados, que estão atrasados há mais de meio século ( pelo menos).
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Deu no Globo: