Relevância universal

Há uma frase linda que diz: ‘Ser sincero é morrer um pouco’. Toda vez que você é sincero, que você fala a verdade, morre em você mais uma ilusão. E você apenas suportará as mortes de suas ilusões se você conseguir uma outra satisfação, num outro plano, que é a satisfação do amor ao próximo, do amor a Deus. Somente assim você irá reconquistando no plano da universalidade a felicidade a que você tem acesso no plano do egoísmo individual. Isso é a raiz da vida humana. O homem foi feito para isso.

Por isso eu fico aborrecido com pessoas adultas que buscam satisfações de adolescentes, lambendo o próprio ego, dizendo: ‘Eu quero isso!’, ‘Eu preciso disso!’. Você não precisa de nada! Você precisa é de serviço, de encargo, de responsabilidade, de amor ao próximo para aprender a viver. Quando vejo um sujeito dizendo que precisa de determinada roupa, de determinada comidinha, de determinado empreguinho, de determinada namoradinha, de determinado carrinho, tudo isso para não ficar tristinho, eu acho isso asqueroso! Temos que dizer como Einstein: ‘A felicidade é um ideal dos porcos’.

Nós temos que buscar a realização de um supremo valor que torna a vida humana valiosa, independentemente de com isso obtermos sucesso ou sermos condenados à morte. Desta forma, o sacrifício é o único sentido da vida humana. Sacrifício significa a realização de uma obra sacra, sagrada. O sacrifício tem como finalidade fazer com que larguemos o mundo da ilusão egoísta, o mundo da auto-proteção, que é bom somente para as crianças, e encontrar satisfação em algo que transcenda a nossa própria pessoa, que seria o benefício da humanidade, ou mesmo de uma família. O homem que se sacrifica pela sua família já é um ser humano evoluído.

Para que um indivíduo viva uma vida de auto-satisfação, é necessário que o mantenham dentro de suas fantasias infantis. O teste é o seguinte: retirem o sujeito de dentro desse universo protegido, e jogue-o sozinho numa determinada situação, e você verá que ele é menos que um bebê. O homem tem que estar preparado para saber que ele, individualmente, não pode ser nada.

O homem só é alguma coisa em função do valor ao qual ele se dedica, pelo qual está disposto a morrer. Curiosamente, a negação da individualidade é a única condição de valoração da mesma.

O indivíduo que morre por um valor de relevância universal, termina por encarnar em si este mesmo valor universal. Apenas esta postura do indivíduo humano perante os valores de abrangência universal é que pode fundamentar a Ética, ou a Moral, o resto é conversa fiada. O nosso valor reside naquilo que nós somos. A medida do quanto nós amamos, é o quanto nós nos sacrificamos. Se o que você ama é um carro importado, ou uma dose de cocaína, você vale apenas isso.”

– Prof. Olavo de Carvalho, da apostila ”Edmund Husserl contra o psicologismo”.

Antes de dormir

“Uma boa sugestão é que, em vez de ficar com essa linguagem de púlpito o tempo todo, o cidadão se pergunte antes de dormir: Quantas lágrimas enxuguei hoje no rosto sofrido dos meus irmãos?

Outras perguntas úteis:

Quantos filhos reconciliei com os pais? Quantos maridos com as esposas?

Quantas brigas insanas apaziguei?

Quantas feridas curei?

Quantos corações consolei?

Quantas confusões desfiz?

Quantas fofocas e intrigas desmanchei? Quantas palavras de estímulo disse ao pobre junto com a esmola que lhe dei?

Quantos pesos ajudei a carregar?”

— Olavo de Carvalho

Roxane Carvalho

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Ainda, sob o efeito restaurador do carinho recebido dos amigos e alunos daquele que é a personificação do amor imenso que sempre me reanima, encontrei no perfil de um deles, cujo nome não lembro, esta jóia, como todas as que ele deixou por escrito, entre outros tesouros.

“As mensagens de feliz aniversário continuam chegando, esmagando o destinatário sob toneladas de carinho e neutralizando qualquer veleidade que ele pudesse ter de respondê-las uma a uma.

Vêm numa hora propícia, na qual tudo o que o aniversariante deseja é voltar à vida depois de haver quase se acostumado à condição de moribundo.

Considero-as, portanto, medicinais no mais alto grau, e tenho por elas gratidão idêntica à que sinto pelos médicos e enfermeiros do Virginia Commonwealth University Hospital.

Mas há nelas um sentido adicional, que não posso deixar de destacar.

Quando milhares de pessoas relatam que o meu trabalho teve sobre suas vidas e almas exatamente o efeito que por meio dele desejei produzir, não vejo como deixar de exclamar, feliz e atônito ao mesmo tempo: “Ó, raios, e não é que deu certo?”.

Incompleto, fragmentário, caótico e disforme o quanto seja, o conjunto do que ensinei oralmente e por escrito despertou energias que, longamente esmagadas sob o peso da estupidez arrogante erigida em doutrina oficial da nacionalidade, pareciam já nem existir mais. Hoje elas estão aí, presentes e atuantes, espalhando o terror entre os inimigos da inteligência.

Cada um que me envia, hoje, uma mensagem de aniversário atesta sua presença de guerreiro na mais vital e urgente das frentes de combate: aquela que não aceita a morte do espírito como uma fatalidade inelutável, mas, erguendo-se do que parecia ser o seu sepulcro definitivo, prova o movimento andando.” O de C

Meu maior orgulho e alegria

“Eu casei muito cedo, tinha filhos, tinha aquelas crianças maravilhosas e eu as adorava. De certo modo eu estava feliz no meu isolamento.”

(Olavo de Carvalho, COF, aula 45)

“Fiz muita tolice na vida, mas, quando vejo meus oito filhos e dezesseis netos, fico feliz de não ter desperdiçado o meu peru.”

(Olavo de Carvalho, via Facebook)

“Tiffany e Pedro completam hoje quatro anos de casamento, e já vem outro bebê a caminho. Um bebê por ano. Amo essa dupla.”

(Olavo de Carvalho, via Facebook)

“Uma alegria da minha vida é ver como os meus três netinhos (a menorzinha ainda não) gostam de andar de mãos dadas.”

(Olavo de Carvalho, via Facebook)

“O maior prêmio que já recebi na vida é ver como os meus netinhos se amam e se ajudam uns aos outros.”

(Olavo de Carvalho, via Facebook)

“Meu maior orgulho e alegria nesta vida é ter conseguido criar uma família sólida, saudável, amorosa e imensamente divertida.”

(Olavo de Carvalho, via Facebook)