30.12.2017

Três coisas que os ecopentelhos desarmamentistas ignoram por completo e desejariam continuar ignorando pelos séculos dos séculos: (1) Praticamente todos os movimentos para a conservação das espécies animais ameaçadas de extinção foram fundados por caçadores. (2) Na África a proteção dessas espécies é financiada essencialmente pelo dinheiro das licenças de caça. (3) A concessão dessas licenças é parte integrante da engenharia de controle das população animais.

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Aprendi isso lendo as memórias africanas de Robert Stack, o ator da série “Os Intocáveis”, ele próprio um caçador entusiasta e respeitado matador de leões.

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A aula de ontem, na qual expliquei a pentadialética do Mário Ferreira dos Santos mediante um exemplo histórico que nunca ocorreu ao seu próprio criador, foi parcialmente inspirada na idéia dos filósofos pragmatistas — Charles S. Peirce, William James e Josiah Royce — de que o sentido de um conceito é o uso que fazemos dele. Idéia que não subscrevo como regra geral, mas que pode ser útil em determinadas circunstâncias.

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A ÚNICA maneira de compreender uma filosofia é dar-lhe continuidade, estendendo-a a temas e problemas que não ocorreram ao seu próprio criador e que fazem parte da nossa circunstância, não da dele.
O conhecimento histórico-filológico (uspiano, digamos) de cada filosofia é apenas um aquecimento preliminar que, por si, jamais pode gerar a compreensão.

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É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO, para a sobrevivência do Brasil como nação independente, remover da vida pública TODA a classe política atualmente existente, com duas ou três exceções no máximo.

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Com a exceção da propaganda antijudaica na Alemanha nazista, nunca houve uma campanha racista tão vasta, ostensiva e descarada como a do racismo anti-branco que se tornou moda (inclusive entre brancos) nas universidades americanas.

https://www.infowars.com/student-op-ed-calls-white-people-an-abomination/

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Pela milésima vez: Integralismo é babaquice.

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Na hierarquia social brasileira, não confio em ninguém de gerente de posto de gasolina para cima.

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Sócrates, o fundador da tradição filosófica no Ocidente, não tinha doutrina filosófica nenhuma. Pena que o exemplo não pegou.

Max Costa Olavo, qual a importância de se benzer?
É só um cerimonial ou existe uma importância espiritual no gesto?
A pergunta parece boba, mas é séria, fiquei 10 anos sem me benzer antes de sair de casa e voltei a fazer o ritual hoje!

Olavo de Carvalho O sinal da Cruz consagra todo ato humano a Nosso Senhor. O “Pelo Sinal” é um tipo de exorcismo.
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A É-Foda-Realizações, num esforço desesperado para dar alguma respeitabilidade às edições bonitinhas mas ordinárias que vem fazendo das obras do Mário Ferreira dos Santos, publica fotos dos originais de um ROMANCE escrito pelo filósofo em 1940, repletos de correções manuscritas, e com isso pretende insinuar que todos os volumes da “Enciclopédia das Ciências Filosóficas”, compostos a partir de QUATORZE ANOS DEPOIS, receberam do autor o mesmo tratamento e constituem por isso textos canônicos, dignos de ser publicados sem novas correções.
A desonestidade intelectual dessa gente não tem limites, nem constrangimentos, nem escrúpulos de qualquer natureza.
Pensem bem. Os volumes da “Enciclopédia” estão tão repletos de anacolutos, que, admitida a hipótese de o autor tê-los redigido em pessoa e dado a eles uma revisão criteriosa, seria inescapável a conclusão de que esse autor era um semi-analfabeto. Conclusão desmentida antecipadamente pela boa qualidade literária dos livros que ele publicou antes de lançar-se à aventura de compor, às pressas, sua obra magna. Construida em apenas quatorze anos de trabalho, à base de quatro ou cinco livros por ano, essa obra resulta obviamente de gravações transcritas de improvisos orais, nos quais a presença dos anacolutos é normal e praticamente inevitável, em nada depondo contra a dignidade literária do autor.
A tese — chamemo-la assim — da editora é apenas autojustificação forçada “ex post facto” e, ao mesmo tempo, fusquinha anti-olavética pueril e desprezível.
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 P.S. – A “Filosofia da Crise” parece ter mesmo recebido do autor uma revisão mais séria. Os demais volumes da “Enciclopédia”, não.
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Nunca, na minha porca vida, hei de dar um curso meramente escolar sobre a obra de um filósofo. Ou trabalho as idéias dele seriamente, até torná-las minhas ao ponto de raciocinar como ele sobre pontos em que ele nunca pensou, ou então não faço porra nenhuma. Ensina-se filosofia filosofando, ou não se ensina de maneira alguma.
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Por exemplo, não posso dar um curso sobre Bernard Lonergan porque ainda não me lonerganizei o suficiente.
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Mas talvez dê um curso sobre Nicolai Berdiaev, que creio ter assimilado em profundidade.
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O traço mais saliente da miséria cultural de um país é a proliferação endêmica de idéias esquisitas, surgidas de idiossincrasias pessoais ou preconceitos grupais e locais sem nenhuma raiz na História do pensamento, no “grande diálogo”, como o chamava Mortimer Adler.
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