intervenção, panelaços e mães

Não há crime nenhum em pleitear uma intervenção militar, nem em falar contra ela. Seria ótimo se, em vez de discutir isso, os intervencionistas nos explicassem qual a diferença entre uma intervenção civil e uma intervenção militar, diferença que não é óbvia de maneira alguma, se é que existe (sobretudo se lembrarmos que em 1964 não foram os militares que derrubaram João Goulart, e sim o Congresso), e os anti-intervencionistas nos esclarecessem como pensam em derrubar o sistema comunopetista SEM apoio militar. Seria ótimo se uns e outros compreendessem o que estão dizendo, em vez de tomar posição pró e contra coisas que não passam de figuras de linguagem. Vejo-me às vezes repetindo em vão o apelo que igualmente em vão José Ortega y Gasset lançou aos espanhóis às vésperas da guerra civil: “En nombre de la nación, claridad!”

Onde quer que esses filhos da puta apareçam, PANELAÇO NELES. Na rua, na TV, num avião, no raio que os parta.

Em toda a tradição intelectual esquerdista nacional, mesmo considerada nas suas expressões mais altas, não há conceitos descritivos capazes de desenhar o que está acontecendo no Brasil de hoje. A petezada pode debater o assunto vinte e quatro horas por dia durante meses ou anos, e a conclusão final será sempre DONCOVIM? ONCOTÔ? POCOVÔ?

FELIZ DIA DAS MÃES PARA TODAS — PRESENTES E FUTURAS.